Via: @karamagalis no Twitter
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21 de julho de 2015
11 de julho de 2015
6 de julho de 2015
O primeiro dia da ressaca grega
Ontem, o que a Grécia decidiu dizer à Europa foi "Eu odeio-te, não me deixes!". Em Portugal os menos informados falam sobre um governo grego que luta pelos direitos dos seus cidadãos. Eu pergunto-me quais direitos. O de declarar default? O de impor controlo de capitais aos seus cidadãos? O de fazer chantagem?
Não nos enganemos. Declarar default e continuar a gastar mais e mais barato é populismo puro. Quando um país não cumpre os seus compromissos o que acontece normalmente é.
Impacto negativo no crescimento a rondar o 1%.
Redução drástica na concessão de crédito. Sem financiamento internacional a Grécia corre o risco de perder cerca de metade da liquidez dos seus bancos.
Quebra nas exportações. Cerca de 10%.
Falência das PMEs por falta de crédito ou por condições pouco atractivas. A confiança nas empresas gregas vai diminuir nos mercados internacionais.
A segurança social também entrará em falência, uma vez que 90% dos fundos são investidos em dívida soberana. Ou seja é impossível declarar o incumprimento da dívida sem desmoronar a segurança social.
Se analisarmos a lista de países que decidiram não pagar ao FMI encontraremos países como a Serra Leoa, Cuba, Somália etc. E todos eles levaram cerca de 10 anos para voltar a ver a luz ao fundo do túnel do "default".
Outros exemplos são o Equador, onde Correa decidiu não pagar 3200 milhões ao FMI para financiar-se com a China a juros mais altos e num prazo mais reduzido. O Equador tinha petróleo, agora pertence à China.
Outro caso parecido foi o da Argentina que recusou pagar ao FMI para financiar-se com a Venezuela. O resultado foi uma desvalorização brutal da moeda.
Um Estado falido que declara default é uma bomba relógio. Ontem não foi o final de nada, agora a Grécia vai sofrer a verdadeira austeridade. É uma questão de tempo.
5 de julho de 2015
Grexit, os mitos
Este gráfico é revelador da austeridade na economia grega. Desde 1996 que a despesa do Estado grego não parou de aumentar até 2011, altura em que a Troika impôs a famigerada austeridade ao país heleno.
Resumindo, o Estado grego endividava-se a ritmos loucos para poder fazer face ao Estado Social. Através de impostos já não era possível financiar-se. O Estado levou um nível de vida insustentável durante quase 15 anos, aumentando em cerca de 80% a sua despesa. O mais relevante é que apenas 30% dessa despesa foi para saúde e educação. O resto foi para políticas sociais, por isso é que a austeridade se impõe.
A história que é mal contada, é que o Estado Grego não aplicou austeridade como o português por exemplo. Os governos gregos aplicaram a austeridade tarde e mal, além disso dificultaram sempre a aplicação dos cortes de despesa pública.
O problema principal da Grécia não é o exacerbado gasto público, mas a falta de competitividade da economia e o excesso de intervencionismo estatal. A Grécia ocupa o 130º lugar no índice de liberdade económica da Heritage Foundation.
Na pratica, a maior parte das empresas privadas gregas são micro-empresas com menos de 10 trabalhadores. Além disso o balanço comercial externo grego é bastante baixo quando comparado com Portugal. Se a Grécia tivesse duplicado as suas exportações, não teria uma recessão tão grave como a que tem.
Outro mito é sobre os credores gregos e sobre a cedência da soberania ao grande capital. Os credores gregos são os outros países da zona euro que assumiram o risco. Um credor privado no seu perfeito juízo não investiria em dívida grega.
O que o Syriza pretende é ser um parasita dos outros países da zona euro, para manter um Estado sobredimensionado e uma economia pouco competitiva. A Grécia precisa é de iniciativa privada e de reduzir o seu gasto público.
12 de fevereiro de 2015
10 razões pela qual a Grécia está endividada
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