18 de maio de 2014
Discurso de Howard Roark em Fountainhead
Há milhares de anos atrás o primeiro homem
descobriu como fazer fogo.
Provavelmente foi queimado na fogueira,
mas ensinou seus irmãos a iluminar.
Mas ele deixou-lhes uma dádiva que eles
não tinham concebido.
E eliminou a escuridão do planeta Terra.
Ao longo dos séculos, houve homens
que deram primeiros passos em novas estradas...
…à base de nada além de sua própria visão.
Os grandes criadores, os pensadores, os artistas,
os cientistas, os inventores....
...permaneceram sós contra o homem de seu tempo.
Cada novo pensamento era contraposto...
...cada nova invenção era denunciada...
...mas os homens que viam com seus próprios
olhos foram adiante.
Eles lutaram, sofreram e pagaram,
mas venceram.
Nenhum criador foi motivado pelo desejo de
agradar seus irmãos.
Seus irmãos detestaram o presente
que ele lhes ofereceu.
Sua verdade era seu único motivo.
Seu trabalho sua única missão.
Seu trabalho, não aqueles que o usaram...
...sua criação, não os benefícios que dele se
derivaram....
...a criação que deu forma a sua própria verdade.
Ele manteve sua verdade acima de todas as
coisas e contra todos os homens.
Ele prosseguiu, quer os outros concordassem
com ele ou não...
...com sua integridade como seu único cartaz.
Ele não serviu a nada nem a ninguém.
Ele viveu por ele mesmo...
...e somente por viver por ele mesmo È que
ele foi capaz de descobrir as coisas...
...que são a glória da humanidade.
Como é a natureza da descoberta.
O homem não pode sobreviver,
excepto através de sua mente.
Ele chega à Terra desarmado.
Seu cérebro È sua única arma, mas
a mente é um atributo individual.
Não existe uma forma de cérebro colectivo.
O homem que pensa deve pensar e agir
por ele mesmo.
A mente dotada de razão não pode trabalhar
sob nenhuma forma compulsória.
Não pode ser subordinada ás necessidades,
ás opiniões, ou desejos dos outros.
Não é um objecto de sacrifício.
O criador permanece sob seu próprio julgamento.
O parasita segue a opinão dos outros.
O criador pensa.
O parasita copia.
O criador produz.
O parasita saqueia.
A preocupação do criador é
a conquista da natureza.
A preocupação do parasita é
a conquista do homem.
O criador precisa de independência.
Ele não domina nem é dominado.
Ele lida com os homens pela livre troca
e pela escolha voluntária.
O parasita busca poder.
Ele quer vincular todos os homens em acções
ordinárias e na escravidão.
Ele alega que o homem é apenas uma
ferramenta para o uso dos outros...
...que ele deve pensar como eles pensam, agir
como eles agem...
...e viver no egoísmo, na servidão sem prazer
para qualquer necessidade, menos a sua própria.
Veja a Historia.
Tudo o que temos, todas as grandes realizações
...vieram do trabalho independente de uma
mente independente.
Todo horror e destruição...
...vieram de tentativas de forçar o homem a ser
uma manada sem cérebro, robots sem alma.
Sem direitos pessoais....
...sem ambições pessoais...
...sem vontade, esperança ou dignidade.
… um velho conflito.
Tem outro nome.
O indivíduo contra o colectivo.
Nosso país, o mais nobre país da
história do homem...
...foi baseado no princípio do individualismo.
O princípio dos direitos inalienáveis do homem.
Era um país onde um homem era livre
para procurar sua própria felicidade.
Para ganhar e produzir, não para ceder e renunciar.
Para prosperar, não para passar fome.
Para realizar, não para saquear.
Para manter como a mais alta das posses
o seu senso de seu valor pessoal...
...e como sua maior virtude o seu respeito próprio.
Vejam o resultado.
… isso que os colectivistas agora pedem que
você destrua...
...assim como a terra já tem sido destruída.
Sou um arquitecto.
Eu sei o que virá pelo princípio do que é construído.
Estamos nos aproximando de um mundo
no qual eu não posso me permitir viver.
Minhas ideias são minha propriedade.
Elas foram tiradas de mim à força,
com a quebra de um contrato.
Não me restou alternativa.
Acreditaram que meu trabalho pertencia a outros
para que eles fizessem o que desejassem.
Eles tinham uma pretensão sobre mim
sem meu consentimento...
Os que acharam que era meu dever servi-los
sem escolha e sem liberdade.
Agora vocês sabem porque eu explodi Cortland.
Eu desenhei Cortland...
...fiz com que fosse viável...
e fui eu quem a destruí.
Eu concordei em desenhar este projecto com
a proposta de vê-lo construído como eu queria.
Este foi o preço que pedi por meu trabalho.
Eu não fui pago.
Minha construção foi desfigurada por mero capricho
de outros, que usufruíram do beneficio do meu trabalho...
...e que não me deram nada em troca.
Eu aqui para dizer que eu não reconheço...
...direitos de qualquer pessoa sobre sequer
um minuto de minha vida.
Ou de parte de minha energia ou
de qualquer conquista minha.
Não importa quem faça a queixa.
Isso tinha de ser dito.
O mundo está perecendo por uma
orgia de auto-sacrifÌcio.
Eu vim aqui ser ouvido...
...em nome de todos os homens
independentes que restam no mundo.
Eu quero ditar meus termos.
Eu não me importo em trabalhar ou viver
pelos outros.
Os meus termos são os direitos de um homem...
...de existir por sua própria causa.