Os serviços prestados pelos privados não tem porque seguir os mesmos moldes das empresas públicas. Não existe um modelo perfeito de prestar serviços, portanto o mercado é livre de explorar novos conceitos e a criatividade dos empresários criará uma competição para atrair clientes. Ao contrário do que acontece com empresas públicas que detêm o monopólio, evitam a experimentação descentralizada e focam-se num modelo produtivo que muitas vezes é nefasto para os consumidores e vantajoso para lobbies e burocratas.
Tomemos como exemplo a educação, onde o estado participou directa (escolas públicas) ou indirectamente (planos curriculares) na totalidade do sector. Hoje todos aceitamos que a educação primária deve ser feita dos 6-10, a básica dos 10-15, secundária dos 15-18 e superior dos 18 em diante; e que deve fazer grupos de 30 alunos que estão 6 horas por dia a absorver conteúdos definidos pelo Estado e que periodicamente são submetidos a exames para testar os conhecimentos. Está provado que existem métodos mais eficazes e baratos para tirar melhor partido de cada aluno. Mas como o Estado controla o sector, temos um modelo educativo que não se adapta ao mercado de trabalho do século XXI e que ainda segue padrões definidos há dois séculos atrás.
A actuação do estado deveria ser feita apenas nos sectores onde o mercado ou a organização social não conseguem alcançar. Que a participação do Estado seja requerida numa área em específico, não quer dizer que o tenha que ser em todas.