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30 de abril de 2015

Uma geração de escravos

Se há uma coisa que o ensino público português faz bem é a criação de jovens escravos dispostos a fazer aquilo que lhes mandam, a engolir e a calar, a não terem opinião formada sobre assunto nenhum e no fim receberem a esmola que o patrão estiver disposto a dar, desde que não seja abaixo do salário mínimo.

Algumas pessoas que conheço, estão dispostas e trabalham mais de 50 horas semanais a troco de 500€. E se o patrão desrespeitar algumas das leis básicas do trabalho, eles aceitam de bom grado. Desde que haja a esmola no final do mês.

A geração dos 20 aos 40 anos, tem mentalidade de escravo, sujeitam-se a qualquer coisa a troco de um salário, revoltam-se mais com as arbitragens dos jogos de futebol do que com a sua própria condição. E se uma geração destas não se preocupa consigo, porque haveria de se importar com o sistema político ou social? Porque haveria de revoltar-se? Porque haveria de reclamar e lutar pelos seus direitos se nem eles sabem quais são?

Portugal foi o primeiro país a abolir a escravatura, mas hoje conta com os piores escravos. Aqueles que se amansam por uma esmola.


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