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21 de novembro de 2013

A minha história infinita contigo III


Os exames estão terminados, só estamos a espera de ir para os nossos destinos. As duas mulheres vão para a Irlanda. Cork e Dublin. Eu vou para nikoping, uma vila sueca a 100km de Estocolmo. Até nosso tive azar, pais caro numa vila no meio da neve. A argentina pouco quer saber de mim e eu sim. Responde-me a 2 ou 3 SMS a dizer que já se ia embora. Eu vou ao aeroporto levá-la e dou-lhe um beijo de boa sorte. Nunca mais a vi e ela de certeza que também não me quis por perto. Nem por um raio de 100km pelo que se ia passar.

19 de novembro de 2013

A minha história infinita contigo II


Fui para a Alemanha e esqueci-a, o curso e o Lax tiravam-na da minha cabeça. Estávamos demasiado ocupados, ele era o indiano rebelde, filho de pais ricos, hindu que come beef burguers no Burger King e que fuma erva e experimenta tudo o que é proibido. É espanhol mas fala em inglês, sempre de óculos escuros e na festa. Eu vou na onda dele e começo a conhecer mulheres e mulheres e uma húngara pequenina que engraçou comigo e quer me comer esta mesma noite. Mal tinha desarrumado as coisas da mala e ja a estava a comer no meu quarto. Ela desaparece a meio da noite, viria a ser costume nos próximos dias. As coisas começam a chegar á aquele ponto em que tens de tomar uma decisão.

18 de novembro de 2013

Estive a pensar sobre os relacionamentos


Esta ideia de alegria, prazer, satisfação é estranha. Parece que todos estes sentimentos só são alcançáveis se tivermos as pessoas de quem gostamos á nossa volta. Dependem que os outros nos dêem atenção e dependem ainda mais se alguém do sexo oposto esteja perto de nós.
E a realidade é que a maior parte não somos atractivos, só uma pequena parte da população é atractiva. Então algumas pessoas começam a experimentar uma vida em que a maior parte das relações são a mesma coisa que a rejeição. Ou seja, uma grande parte dos homens experimentam uma contínua série de rejeições. Isto leva a que percam a autoestima, que os leva para beberem uns copos e perderem o medo á rejeição. Então fazem um comentário desagradável a uma mulher, que já funciona como um ataque preventivo. Muitos podem chamá-los de idiotas, mas no fundo é apenas uma forma de proteção. Protecção para não destruir a alma, para não ficar com o coração partido, porque essa é a experiência que temos com a maior parte das mulheres. Sempre que tentas aproximar-te de uma mulher, já sabes que a resposta vai ser que tu és repulsivo: "Uh, sai daqui, nojento".
E como uma programação mental, isto vai ficando na cabeça dos homens. O sexo oposto é o responsável por trazer aqueles maus sentimentos. É a mulher a responsável por te baixar a autoestima.
E não nos damos conta disto porque somos egoístas. 

"Tinha um amigo que a namorada estava a acabar com ele, no entanto ele não dava a relação como terminada porque dizia que a amava. Ele estava a ser tão egoísta que lhe disse: se a amas verdadeiramente devias deixá-la em paz e querer o bem dela, mesmo que esse bem passe por ela se relacionar com outro homem. Devias respeitar e amá-la na mesma"

Houve uma fase da minha vida em que passava a odiar todas as minhas ex-namoradas. No entanto aprendi a lição e só guardo os bons momentos que passei com elas e como as amo. Não interessa o que correu mal, as coisas horríveis que foram ditas, os maus momentos. Agora recuso-me a defini-las assim e em vez disso prefiro lembrar-me delas pelo potencial, pelos planos a dois para nos tornarmos melhores pessoas.
Mas é muito difícil aprender isto para qualquer um que está na merda. Ainda mais para quem cai num ciclo destes. A verdade é que o pensamento do ódio está errado. Não estás a ajudar ninguém, nem a ti próprio. No fundo estás é a perder valor como pessoa, como ser humano para essa pessoa, porque estás a mostrar desespero e falta de estima. Quando um homem quer estar com uma mulher, mas a mulher não quer estar com o homem é uma coisa repulsiva. Todos já passamos por isso e dói, dói só de ver. É de partir o coração. "Este coitado está preso nesta obsessão e não sabe como sair dali. É como uma droga, é difícil de sair"
A sociedade tem uma noção errada do que é o amor. "O amor só é possível se aquela pessoa for minha." Isso é egoísmo e se então entendermos o sexo como uma droga que só aquela pessoa nos dá, torna-se pior.
Só porque os genes dela preferem outra pessoa, porque tu tens menos valias de personalidade ou físicas etc não a devias deixar de amar como pessoa. Devias respeitar a procura de algo melhor por parte dela. Porque é parte da natureza, é parte da evolução.
Não ha nada como uma relação de amor correspondido, insistir quando uma parte não quer não faz sentido. É um abismo.
Se não te tornas num ser humano melhor e não dás amor, conforto, conselhos aos outros, os outros também não te os vão dar. É por isso que o amor é fascinante, porque nos torna melhores, mais produtivos, mais felizes. Porque a natureza só aceita a evolução e tem que tirar os mais fracos do caminho, no entanto dá-nos sempre muitas hipóteses de melhorar e prosperar.



5 de novembro de 2013

Pensamentos Aleatórios VIII


"A natureza adora coragem", está frase não me sai da cabeça. Acho que quase sempre que alguém faz uma aposta arrisca, sem hesitar e com confiança; Deus, o universo ou lá o que se acredite ou não, recompensam-nos.
Até é assim na natureza. Como é que ás vezes plantas sobrevivem nas condições mais precárias, os animais que arriscam mais e tem confiança em si mesmos são os predadores, estão no topo da cadeia alimentar. O mesmo se aplica aos mais pequenos, quanto mais audaz, mais sorte tem e sobrevive.
Quem vive com medo acaba por morrer. Tudo no universo é fractal, ou seja os padrões repetem-se tanto á pequena escala como à grande. E as leis aplicam-se a todos os animais, incluindo os homens.

1 de novembro de 2013

Pensamentos Aleatórios II


São duas da manhã e estou a ter uma espécie de epifania numa discoteca. Tento recolher tanta informação quanto posso, mas é a mesma coisa que tentar pescar num riacho com as mãos.
Uma das coisas que reti é que a maior parte dos comportamentos das pessoas se remetem a quando vivíamos nas cavernas. Todos estão com medo e procuram uma experiência divina que os tranquilize, que alguém diga que tudo vai dar certo.
Alguns ficam pelo caminho, o corpo não aguenta mais e esses talvez não sobrevivam.

27 de outubro de 2013

Pensamentos Aleatórios I



Querida A,

Ou lá como te devia chamar... Ás vezes o mundo é tão estranho que me sinto um extraterrestre a observar toda esta insanidade. Penso que ás vezes descobri o código do cofre que guarda a informação, mas não sei o que fazer com ele.
Toda a gente procura por atenção e evidência. Todos se querem destacar, ninguém quer passar desapercebido, é uma espécie de grito primordial. Mas já ninguém quer saber quem grita.

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