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5 de fevereiro de 2015

Trufas psicadélicas numa tarde de Inverno

A sensação de que o universo é fractal e que tudo está ligado através de uma consciência colectiva gigantesca é a lição que se tira de uma boa dose de cogumelos psilocibinos.
Ao todo comi 20 gramas de trufas psicadélicas "Psy Dragon" e "Tampanensis". Eram 3h duma tarde fria, mas solarenga de inverno. Carreço, uma aldeia de Viana do Castelo, foi o local escolhido. A boa companhia estava assegurada pelo meu grande amigo André. A viagem seria inesperada e complicada de traduzir em palavras.

Fomos para o Monte de Carreço. Trilhos fantásticos, rodeados de pinheiros, eucaliptos, rochedos de granito sólido, terra fértil e vida por todo o lado. A sinfonia era orquestrada pelos pássaros, os galhos das árvores a mexerem-se com o vento, o cão que ladrava e os insectos que trabalhavam incessantemente mostrando que atras da pacatez de uma aldeia se esconde um nível de vida frenético, essencial para a nossa sobrevivência.

Ao experimentar cogumelos magicos é notório que os nossos sentidos ficam mais apurados.
A visão torna-se mais nítida, com foco, mais detalhada. Reparamos em coisas que normalmente ignoramos, tornamo-nos em seres contemplativos. Observamos cada detalhe de uma folha, o brilho de uma pedra, a forma de um galho ou as cores vivas de uma flor.
A audição torna-se mais aguçada, precisa e detalhada. Conseguia alcançar sons como o caminhar de formigas ou identificar por onde passava o vento entre as folhas. É uma experiência bastante sensorial.
A nossa mente prega-nos partidas constantemente. Será que é de mim ou é mesmo assim? É a pergunta constante durante a primeira hora. Será que aquilo está mesmo ali? O que está acontecer? Vejo cores e movimento por todo o lado e tudo me faz rir até ficar sem fôlego. Nada parece fazer sentido, mas de repente, olho para uma flor e vejo os detalhes nítidos da sua existência e podia ficar ali uma eternidade. As cores vibram, a flor altera a sua forma, procuro padrões, identifico formas neles, as formas transformam-se e tudo isto Á frente dos meus olhos. Parou tudo! Onde estava eu? Estava aqui ou estava a viajar na minha mente? O meu corpo e a minha consciência separam-se e quando dou por ela o meu ego tenta juntá-los.
Enquanto o ego não é dissolvido, não se experiencia a melhor parte da viagem. Quando o ego sai do caminho, começam a vir as respostas. Tudo parece estar ligado e cada ser tem uma função específica na dança da vida. O universo é uma grande teia de aranha de conhecimento e informação.
As conversas filosofais vem a seguir, qual é o sentido da vida, há vida depois da morte, pode a alma e o corpo serem independentes, o que fazemos nesta nave espacial biológica a viajar pelo cosmos, haverá vida extraterrestre, qual o papel da religião ou o que é Deus?

Entre estas conversas, a mente começa a pregar partidas. Uma neblina verde parece cobrir as ruas de paralelo granítico de Carreço, as nuvens lembram estranhas formas de cogumelos, as árvores parecem ter forma de animais, vejo desenhos de corujas entre manchas na parede, entre as pedras da calçada uma mancha vermelha sem forma vai-se movendo aleatoriamente e a noite vai caindo.

A Lua demora em aparecer e as luzes da aldeia vão acendendo até se assemelharem a mil sois risonhos. Cada luz emite dez mil raios que ofuscam os meus olhos. Fecho os olhos e vejo padrões fractais, algo parecido a uma cauda de pavão, onde uma infinidade de olhos rodam constantemente. Os padrões vão alternando sempre com formas naturais: sejam elas padrões de leopardo, terra seca, um emaranhado de veias, ou a textura de folhas. 

Abro os olhos e vejo a Lua, o seu espectro luminoso parecem pétalas de cor azul, castanho claro e branco. Ao focar vou apercebendo que as pétalas de luz se vão movendo. Tudo me faz lembrar caleidoscópios.

Durante o caminho para casa os efeitos vão desvanecendo e voy voltando á realidade como se fosse levado por ondas suaves á costa da realidade. À experiência foi bastante gratificante e a vontade de voltar a experimentar daqui a uns meses ficou. 

Seria estupido dizer que toda a gente precisa de psicadélicos, mas a verdade é que muita gente deveria usá-los.



12 de novembro de 2013

Amanita Muscaria


Quem nunca se sentiu atraído por este cogumelo? O Amanita Muscaria ou o agário das moscas faz parte da imaginação colectiva por estar presente no jogo Super Mário ou no livro Alice no País das Maravilhas. É conhecido por ser venenoso, mas também pelas suas propriedades psicadélicas. 
O seu uso shamanico ao longo de milénios e está presente em mitos como o Gênesis, a Páscoa, o Pai Natal, Druidas e grande parte do Cristianismo.
Para saberem mais procurem por John Marco Allegro e o seu livro "The Sacred Mushroom and the Cross"

10 de outubro de 2013

O cogumelo sagrado



Quem nunca se sentiu atraído por este cogumelo? O Amanita Muscaria ou o agário das moscas faz parte da imaginação colectiva por estar presente no jogo Super Mário ou no livro Alice no País das Maravilhas. É conhecido por ser venenoso, mas também pelas suas propriedades psicadélicas.  
O seu uso shamanico ao longo de milénios e está presente em mitos como o Gênesis, a Páscoa, o Pai Natal, Druidas e grande parte do Cristianismo.
Para saberem mais procurem por John Marco Allegro e o seu livro "The Sacred Mushroom and the Cross"


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