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10 de agosto de 2015
A fábrica da inveja
A lei moral de que o justo é tirar de cada um de acordo com sua habilidade e dar para cada um de acordo com sua necessidade corrompeu milhões de corações ao longo da história, e ainda o faz. No entanto, nada poderia ser mais imoral, injusto e ineficaz que este conceito. A escritora Ayn Rand fez um dos melhores retratos das consequências desta máxima colocada em prática, no livro A Revolta de Atlas, assim como expôs com perfeição as reais motivações dos seus defensores.
9 de agosto de 2015
O Amor
"O único homem capaz de experimentar um profundo amor romântico é aquele motivado pela paixão por seu trabalho - porque o amor é uma expressão de auto-estima, dos valores mais profundos no carácter de um homem ou mulher. A paixão ocorre entre pessoas que compartilham valores. Se um homem não tem valores claramente definidos e não possui carácter moral, não é capaz de apreciar outra pessoa. A propósito disso, eu gostaria de citar uma passagem de A Nascente na qual o herói profere uma frase que é frequentemente mencionada pelos leitores: "Para dizer 'Eu te amo', é necessário antes saber como dizer 'eu'."
Ayn Rand
1 de julho de 2015
7 de junho de 2015
28 de março de 2015
A minoria é melhor que a maioria
O termo aristocracia vem do grego e a grosso modo significa o governo dos virtuosos. Em grego antigo arete (força ou virtude) e cratos (governo). Se entendermos a palavra arete no seu sentido mais pleno, significa aquele que tem força interior, aquele que possui carácter.
Aristocratas são aqueles que se destacam entre os demais em determinada cidade ou grupo. É claro que o termo também foi utilizado para se referir a regentes, dinastias ou qualquer um que tivesse poder, fosse ele económico ou político. A filosofia desde cedo criticou esse uso, apesar de também reconhecer que a linhagem de nascimento, assim como a herança patrimonial, muitas vezes pode predispor alguém para ter mais virtudes pela “sorte” de ter nascido bem. Claro que se pode nascer pobre e melhorar, o nascimento não é um destino imutável, mas é muito mais fácil ter sucesso na vida se tiveres sorte com a família e a classe social em que nasceste.
Tanto Platão como Aristoteles já discutiam a questão dos melhores. Platão dizia no seu livro “República” que a escola devia preparar e seleccionar os melhores para governar a cidade. Já Aristoteles em "Ética a Nicomano" fala na "grande alma" como o homem mais capaz e virtuoso através do qual todos se alimentam. O que fica claro em ambos é que os mais capazes levam o mundo ás costas e a escola deve ser responsável por identificar os melhores e prepara-los naquilo em que são talentosos.
A função da educação é identificar nos alunos as suas capacidades e coloca-las ao serviço da sociedade. Nenhum professor concordará que os alunos são todos iguais e que possuem as mesmas capacidades. Um dos maiores disparates da educação moderna é achar que os alunos têm todos as mesmas capacidades em absorver conhecimentos.
à(s)
19:04
Publicada por
Sagres
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14 de fevereiro de 2015
O dinheiro NÃO é a raiz de todos os males
“Então o senhor acha que o dinheiro é a origem de todo o mal? Já se perguntou qual é a origem de todo dinheiro?”
Ele é um instrumento de troca, que só pode existir quando há bens produzidos e homens capazes de produzí-los […]
O dinheiro não é o instrumento dos pidões, que recorrem às lágrimas para pedir produtos, nem dos saqueadores, que os levam à força […]
Não são os pidões nem os saqueadores que dão ao dinheiro o seu valor. Nem um oceano de lágrimas nem todas as armas do mundo podem transformar aqueles pedaços de papel no seu bolso no pão que você precisa para sobreviver […]
O dinheiro é feito - antes de poder ser embolsado pelos pidões e pelos saqueadores - pelo esforço de todo homem honesto [...] aquele que sabe que não pode consumir mais do que produz.
Comerciar por meio do dinheiro é o código dos homens de boa vontade. O dinheiro se baseia no axioma de que todo homem é proprietário da sua mente e de seu trabalho […]
O dinheiro permite que você obtenha em troca dos seus produtos e de seu trabalho aquilo que seus produtos e seu trabalho valem para os homens que o adquirem, nada mais do que isso [...]
É preciso oferecer valores, não dores [...] o vínculo comum entre os homens não é a troca de sofrimento, mas a troca de bens. O dinheiro exige que o senhor venda não a sua fraqueza à estupidez humana, mas o seu talento à razão humana […]
quando os homens vivem do comércio - com a razão e não à força, como árbitro ao qual não se pode mais apelar -, é o melhor produto que sai vencendo, o melhor desempenho, o homem de melhor juízo e maior capacidade - e o grau de produtividade de um homem é o grau de sua recompensa [...]
É isso que o senhor considera mau? [...]
O dinheiro é só um instrumento [...] ele lhe dá meios de satisfazer seus desejos, mas não lhe cria os desejos.
O dinheiro é o flagelo dos homens que tentam inverter a lei da casualidade - aqueles que tentam substituir a mente pelo sequestro dos produtos da mente.
O dinheiro não compra felicidade para o homem que não sabe o que quer, não lhe dá um código de valores se não tem conhecimento a respeito de valores, não lhe dá um objetivo se ele não escolhe uma meta.
O dinheiro não compra inteligência para o estúpido, nem admiração para o covarde, nem respeito para o incompetente.
O homem que tenta comprar o cérebro de quem lhe é superior para serví-lo, usando dinheiro para substituir o seu juízo, termina vítima dos que lhe são inferiores.
Os homens inteligentes o abandonam, mas os trapaceiros e vigaristas correm atraídos por uma lei que ele ainda não descobriu: o homem não pode ser menor do que o dinheiro que ele possui [...]
se um herdeiro esta à altura de sua herança, ela o serve; caso o contrário, ela o destrói [...] não pense que ela deveria ser distribuída - criar 50 parasitas em lugar de um […]
O veredicto que o senhor dá a fonte do seu sustento é aquele que dá à sua própria vida. Se a fonte é corrupta, o senhor condena a própria existência.
O dinheiro provém da fraude? Da exploração dos vícios e da estupidez humanos?
O senhor o obteve servindo aos insensatos, na esperança de que lhe dessem mais do que sua capacidade merece? Baixando seus padrões de exigência? Fazendo um trabalho que o senhor despreza para compradores que não respeita?
Nesse caso, o seu dinheiro não lhe dará um momento sequer de felicidade.
Todas as coisas que adquirir serão não um tributo ao senhor, mas uma acusação; não uma realização, mas um momento de vergonha.
Então o senhor dirá que o dinheiro é mau.
Mau porque ele não substitui o seu amor-próprio? Mau porque ele não permite que o senhor aproveite e goze sua depravação? […]
O dinheiro é produto da virtude, mas não dá virtude nem redime vícios. Ele não lhe dá o que o senhor não merece, nem em termos materiais nem espirituais [...]
O homem que venderia a própria alma por um tostão é o que mais alto brada que odeia o dinheiro - e ele tem bons motivos para odiá-lo. Os que amam o dinheiro estão dispostos a trabalhar para ganhá-lo. Eles sabem que são capazes de merecê-lo.
Eis uma boa pista para saber o caráter dos homens: aquele que amaldiçoa o dinheiro o obtém de modo desonroso; aquele que o respeita, o ganha honestamente.
Fuja do homem que diz que o dinheiro é mau. Essa afirmativa é o estigma que identifica o saqueador […]
Enquanto os homens viverem juntos na Terra e precisarem de um meio para negociar, se abandonarem o dinheiro, o único substituto que encontrarão será o cano do fuzil [...]
Quando há comércio não por consentimento, mas por compulsão, quando para produzir é necessário pedir permissão para homens que nada produzem - quando o dinheiro flui para aqueles que não vendem produtos, mas têm influência -, quando a corrupção é recompensada e a honestidade vira um sacrifício -, pode ter certeza que a sociedade está condenada [...]
no decorrer de séculos de estagnação e fome, os homens exaltavam os saqueadores, como aristocratas da espada aristocratas de estirpe, aristocratas da tribuna, e desprezavam os produtores, como escravos, mercadores, lojistas... industriais […]
As mentes apodrecidas que afirmam não ver diferença entre o poder do dólar e o poder do açoite merecem aprender a diferença na própria pele, que, creio eu, é o que vai acabar acontecendo [...]
Quando o dinheiro deixa de ser o instrumento por meio do qual os homens lidam uns com os outros, então os homens se tornam os instrumentos dos homens. Sangue, açoites, armas - ou dólares. Façam a sua escolha."
4 de janeiro de 2015
A revolta de Atlas
Este é daqueles livros aos quais não se pode ficar indiferente. Ou se ama ou se odeia. A própria escritora, Ayn Rand, não deixava ninguém indiferente e ainda hoje é vista como "descendente do próprio diabo" por muitos sectores da esquerda.
O livro pode parecer ultrapassado (pela forma como está escrito) e chato nas primeiras 400 páginas, onde é relatada a história de uma executiva de uma empresa ferroviária que luta para manter viva a empresa herdada do avô em tempos onde o Estado se tornou gigantesco e a cada dia que passa cria mais leis e regulações que tornam a vida de empresários e empreendedores cada vez mais difícil. No entanto quando há um diálogo sobre o dinheiro e a sua função na sociedade, o livro fica cada vez mais envolvente e interessante.
Atlas Shrugged foi considerado o 2º livro mais influente nos Estados Unidos, ficando apenas atrás da Bíblia. É o livro de cabeceira de milhares de empresários em todo o mundo e apesar de ter 58 anos continua a ser um relato profético de quando a sociedade embarca em delírios colectivistas.
3 de janeiro de 2015
Pensamento do dia
“Enquanto os homens viverem juntos na Terra e precisarem de um meio para negociar, se abandonarem o dinheiro, o único substituto que encontrarão será o cano do fuzil.”
Ayn Rand
8 de dezembro de 2014
7 de dezembro de 2014
Ayn Rand e o Amor
"- O senhor acha que eu tenho um terrível complexo de inferioridade?
- Não, absolutamente não!
- Só esse tipo de homem passa a vida correndo atrás de mulheres [...] Pois o homem que sente desprezo por si mesmo tenta obter amor-próprio por meio de aventuras sexuais […] o que é inútil, porque o sexo não é a causa, e sim o efeito e uma manifestação da imagem que um homem faz do próprio valor [...]
O amor é cego, dizem. O sexo é imune à razão [...]. Mas, na verdade, a escolha sexual de um homem é o resultado e o somatório de suas convicções fundamentais.
Diga-me o que um homem acha sexualmente atraente que lhe direi qual é toda a sua filosofia de vida. Mostre-me a mulher com que ele dorme e lhe direi a imagem que ele faz de si próprio […] o ato sexual é [...] um ato que força o homem a ficar nu tanto no corpo quanto no espírito e a aceitar seu ego verdadeiro como padrão de valor [...]
O homem que está convicto do seu próprio valor e dele se orgulha há de querer o tipo mais elevado de mulher possível, a mulher que ele admira, a mais forte […] porque somente a posse de uma heroína lhe dará a consciência de ter realizado algo, não apenas de ter possuído uma vagabunda desprovida de inteligência [...]
Ele não tenta ganhar seu valor, e sim exprimí-lo. Não há conflitos entre os padrões da sua mente e os desejos de seu corpo.
Mas o homem que está convencido de que não tem valor será atraído por uma mulher que despreza, porque ela refletirá o seu próprio eu secreto e lhe proporcionará uma fuga daquela realidade objetiva em que ele é uma fraude [...]
Observe o caos que é a vida sexual da maioria dos homens e repare no amontoado de contradições que constitui a sua filosofia moral. Uma deriva da outra.
O amor é nossa resposta aos nossos valores mais elevados e não pode ser outra coisa. O homem que corrompe seus próprios valores e a visão que tem da sua existência [...] se parte em dois.
Seu corpo não lhe obedecerá, não reagirá da forma apropriada e o tornará impotente em relação à mulher que ele afirma amar, impelindo-o para a prostituta mais abjeta que puder encontrar [...]
Então, vocifera que seu corpo tem desejo abjetos que sua mente não consegue dominar, que o sexo é pecado, que o verdadeiro amor é uma emoção puramente espiritual. E então ele não entende por que o amor só lhe provoca tédio, e a sexualidade, apenas vergonha […] Observe que a maioria das pessoas é uma criatura partida em duas, que vive pulando desesperadamente de um pólo para outro.
Um dos tipos é o homem que despreza o dinheiro, as fábricas, os arranha-céus e seu próprio corpo. [...] geme de desespero porque não consegue sentir nada pelas mulheres que respeita, porém sente-se aprisionado por uma paixão irresistível dirigida a uma vagabunda que encontrou na sarjeta [...]
O outro tipo é o que chamam de prático, que despreza os princípios, as abstrações, a arte, a filosofia e a própria mente. Ele tem como único objetivo na vida a aquisição de objetos materiais e ri quando lhe falam da necessidade de considerar se objetivo ou sua fonte.
Ele acha que tais coisas devem lhe proporcionar prazer e não entende por que quanto mais acumula, menos prazer sente. Esse é o homem que vive correndo atrás de mulheres.
Observe a tripla fraude que comete contra si próprio. Ele não reconhece sua necessidade de amor-próprio, pois ri do conceito de valor moral. No entanto, sente o profundo desprezo por si próprio que caracteriza aqueles que acham que não passam de um pedaço de carne. [...]
Assim, ele tenta, realizando os gestos que constituem o efeito, adquirir o que deveria ser a causa.
Ele tenta afirmar o seu próprio valor por intermédio das mulheres que se entregam a ele e esquece que as mulheres que escolhe não têm caráter, nem julgamento, nem padrões de valores.
Ele diz a si próprio que tudo o que quer é o prazer físico, porém observe que ele se cansa de uma mulher em uma semana ou uma noite, que despreza prostitutas profissionais e adora imaginar que está seduzindo moças direitas que abrem uma exceção para ele.
É a sensação de realização que ele busca e jamais encontra. Que glória pode haver em conquistar um corpo desprovido de mente? Pois é esse o homem que vive correndo atrás de mulheres [...]
Essas mulheres estão atrás da mesma coisa que os homens que vivem andando atrás de um rabo de saia: só querem aumentar seu próprio valor por meio do número e da fama dos homens que conquistam.
Só que são ainda mais falsas, porque o valor que elas buscam nem é o ato em si, mas a impressão que vão causar nas outras mulheres, bem como a inveja que vão provocar [...]"
- Ayn Rand, trecho de A Revolta de Atlas
16 de maio de 2014
Sociedade condenada
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada;
Quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores;
Quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
Quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício;
Então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada.”
Ayn Rand
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