“Já na adolescência (dona dos brincos, claro !) merecia as contas! As contas! é verdade! Passariam a ser o seu segundo ouro. Preferencialmente - tudo dependia da zona em que vivia - as contas filigranadas. « Ai !estas são mais afidalgadas » ! As contas barriladas (o designativo resulta da semelhança com os barris ou pipos e daí outro seu chamadoiro: «contas de pipo») têm plena aceitação da parte dos habitantes ao redor da Serra de Arga, nomeadamente das freguesias de S. Lourenço da Montaria e Amonde, já mencionadas .”
11 de dezembro de 2014
10 de dezembro de 2014
Os Espigueiros do Soajo
Os 24 espigueiros do Soajo, Arcos de Valdevez fazem parte de uma eira comunitária onde os habitantes locais secavam e desbolhavam o milho. São construídos em granito e o mais antigo data de 1782. Um dos locais mais bonitos de Portugal.
Brincos à rainha
Brincos à rainha , são mais usados pelas mulheres de Viana e talvez do País. As nossas fadistas e a saudosa Amália Rodrigues raramente se separavam destes magníficos ornamentos auriculares . Mais à frente , quando me referir à origem das laças , abordarei novamente estes brincos que têm a mesma origem . Chama-se à rainha (à moda da rainha , ou de mulher fidalga ou burguesa rica) , são brincos muito elegantes e ao contrário das arrecadas , são cópias adaptadas dos brincos e laças que apareceram em Portugal no reinado de D. Maria I . Simplificaram-se as formas , poupando-se bastante mão de obra , tiraram-se os diamantes , a prata (muitas destas jóias eram em prata e forradas a ouro) , no local dos diamantes os ourives colocaram umas saliências em ouro , facetado , (simulando essas pedras) , colocaram-lhe uma parte móvel a exemplo das arrecadas e acrescentaram a lua , a forma arredondada , o triângulo como remate e os “SS” . São constituídos por três partes móveis e o fecho é de gancho por trás e a meio aparece uma pequena argola que é uma reminiscência do suporte dum gancho supra auricular, quando eram demasiado pesados (presentemente já aparecem outros tipos de fechos , pois a gente nova não tem os lóbulos suficientemente rasgados e por isso , as acuais adaptações) . São também conhecidos em certas aldeias por “brincos picadinhos” e “brincos de princesa” .
Tempos fascinantes
Vivemos numa época fascinante. Quando há 500 anos um barco dava á costa num país diferente, num continente diferente era sinónimo de sarilhos. Escondiam-se as mulheres e as crianças e rufavam os tambores de guerra para proteger a cultura e a civilização. Assim se dizimaram várias civilizações como os Aztecas, Incas ou tribos africanas.
Hoje quando um barco dá á costa, é motivo de excitação. É turismo. Convidam-se os passageiros para experimentarem a comida, verem as atracções e cultura do povo local, que tragam a família e os amigos e que deixem dinheiro.
O paradigma dos últimos 12 mil anos alterou-se. A humanidade antes vivia num cenário de guerra permanente. Hoje vivemos num tempo de troca comercial permanente. E já dizia Montesquieu:
“O comércio cura preconceitos destrutivos, e é uma regra quase geral que em todos os lugares onde há costumes esclarecidos, há comércio, e que em todos os lugares onde há comércio, há costumes esclarecidos... [A escravidão] não é boa por sua própria natureza. Não é útil nem para o mestre nem para o escravo; para o escravo, porque ele não poder fazer nada por virtude; para o mestre, porque ele adquire toda sorte de maus hábitos de seus escravos, porque ele imperceptivelmente se acostuma a não praticar todas as virtudes morais, porque ele se torna orgulhoso, rude, áspero, raivoso, voluptuoso e cruel”.
O Ouro e o Casamento
Ouro Popular Português - Amadeu Costa e Manuel Freitas
9 de dezembro de 2014
8 de dezembro de 2014
7 de dezembro de 2014
Subscrever:
Mensagens (Atom)