Segundo os últimos números oficiais da sociedade VianaPolis das 105 frações do prédio, 47 foram já adquiridas por acordo, 16 pela via litigiosa, enquanto em 42 – abrangidas pelos processos movidos pelos moradores – a expropriação ficou suspensa.
Por outras palavras, a Câmara Municipal de Viana e o novo governo pretendem forçar os moradores e proprietários a venderem a sua propriedade privada. Ou seja, a liberdade de escolha torna-se descartável quando um grupo de burocratas pretende fazer uma requalificação urbanística.
Não está em causa a estética do edifício, dado que todos concordarão que é uma aberração arquitectónica. O que não se pode fazer é usar o poder coercivo do Estado para expropriar indivíduos. A demolição só fará sentido quando a totalidade dos proprietários quiser demolir. Usar o dinheiro dos contribuintes para embarcar em aventuras imobiliárias já acabou com o rebentamento da bolha de 2008, mas os socialistas teimam em não aprender e mal gastar o dinheiro público será sempre o seu passatempo preferido.