Mais ridículo ainda é o papel trágico-cómico do Syriza, em apenas quatro dias, mudam de rumo e fazem uma proposta à Troika bastante semelhante com aquela que rejeitaram e sobre a qual 62% do povo grego tinha rejeitado nas urnas.
Aqui fica uma lista das propostas:
- Aumento do IVA equivalente a 1% do PIB.
- IVA de 23% para alimentos não básicos, tratamento de águas e restaurantes.
- Eliminação progressiva do desconto de 30% do IVA nas ilhas, a concluir em 2016.
- Eliminar os benefícios fiscais dos agricultores
- Abolir o regime fiscal privilegiado da industria naval.
- Cortes na despesa militar de 100 milhões de euros em 2015. (Troika exige 400 milhões)
- Reforma no sistema de pensões grego.
- Eliminar incentivos às reformas antecipadas.
- Aumento da idade da reforma para os 67 anos.
- Incrementar as taxas moderadoras na saúde de 4 para 6%.
- Eliminar taxas e imposto dirigidos para financiar pensões.
- Reforma laboral.
- Privatizações em curso não podem ser alteradas.
- Privatização dos aeroportos regionais e da empresa estatal de comunicações.
Algumas das propostas do Syriza vão além da proposta da Troika, o que é caso para perguntar qual é a legitimidade de Alexis Tsipras para negociar uma proposta destas? É caso para dizer que o Syriza fez 5 meses de birra, convoca um referendo, ignora o resultado e aceita a proposta da Troika depois de ter levado o país à bancarrota. É isso que queremos em Portugal também?