Não simpatizo com as ideias de Yanis Varoufakis, mas o título do livro deu-me curiosidade e resolvo dar uma vista de olhos pelo livro em jeito de antítese. Ler o que diz a esquerda e os argumentos que usam é um bom exemplo para contrastar com as ideias libertárias que sigo. Contrastar informações é a melhor forma de construir opinião.
Perdi meia hora com a versão espanhola e não consegui ler mais. O discurso de hippie que acha que tem direito a tudo e que está pronto a destruir as liberdades individuais dos outros para por em pratica planos tresloucados de igualdade fazem-me alergia. Mas continuei. A palavra neoliberal nas primeiras 30 páginas aparece 5 vezes e a menção a "Mercados" (no plural que é para parecerem muita gente contra as ideias socialistas) são outra prova da ignorância de Varoufakis.
Outra coisa que me chamou a atenção foi o facto de Varoufakis dizer que esta crise não era previsível, algo que é mentira já que economistas da Escola Austríaca demonstraram através da teoria dos ciclos económicos, que quando a FED desceu as taxas de juro em 2001, que nos encaminhava-mos para uma bolha imobiliária. Peter Schiff foi um desses economistas, mas muitos outros avisaram que vinha aí uma crise. Muitos outros continuam a dizer que o problema não foi resolvido e que nós encaminhamos para uma crise de proporções bem maiores.
Resumindo, o livro não vale a pena. Está escrito de forma enfadonha e arrogante ao estilo do autor. Se está perdido aqui no blog e simpatiza com as ideias socialistas este livro talvez seja uma boa opção de leitura. De outra forma não vale a pena a leitura.
A Lexus brincou com a nossa imaginação ao divulgar um vídeo com hoverboard funcional. A empresa prometia uma prancha que poderia flutuar alguns centímetros acima do chão. Mesmo estando longe do que vimos em Regresso ao Futuro 2, o facto fez o Marty McFly dentro de cada um de nós dar saltinhos de alegria. Mas essa felicidade vai durar pouco: o hoverboard de facto existe e funciona mesmo. Só que não será comercializado (por enquanto) e está longe de funcionar como o do filme, ou até mesmo como um skate normal.
O hoverboard da Lexus está em desenvolvimento há mais de 18 meses por equipas na Alemanha e em Inglaterra. Ele flutua graças ao poder de supercondutores arrefecidos a nitrogénio líquido (é por isso que ele solta fumaça pelos lados), algo parecido com os comboios-bala do Japão. O protótipo foi testado por skaters profissionais numa pista construída especialmente para o hoverboard em Barcelona, na Espanha.
A Lexus convidou jornalistas de diversos canais para testar o hoverboard. E mesmo que a ideia pareça incrível, na prática ela atinge resultados infelizes.
Conforme explica o Jalopnik, quando parada e sem ninguém sobre ela, a prancha chega a atingir cerca de 10 cm acima do chão. Quando o skater profissional Ross McGouran fica sobre ela, a prancha flutua a 5 cm acima do chão, porém: “Como eu sou uns 40 kg mais pesado que McGouran, quando eu subo para a prancha, o meu peso deixa-a apenas 2,5 cm acima do chão”, explica Robb Holland, do Jalopnik.
Além disso, por serem dois ímans que controlam a flutuação, um de cada lado, a sensação quando se está sobre a prancha é a de estar caminhando na corda bamba. E caso o skater não saiba distribuir bem o próprio peso por ela (o que ocorre bastante), os 2,5 cm não serão altos o suficiente para evitar que a base toque o chão. “O deslize suave que eu esperava ter ocorreu por apenas alguns instantes, já que me equilibrar provou ser o maior desafio”, explica o repórter do The Verge.
Para flutuar, a prancha precisa ser arrefecida; e para arrefece-la é usado nitrogénio líquido que pode atingir até -180 °C. Cada passeio com o hoverboard “carregado” dura cerca de 20 minutos, dependendo do peso do skatista e da temperatura ambiente. Quando a prancha “descarrega”, é necessário preenchê-la com mais nitrogénio líquido — o que leva mais ou menos 20 minutos também.
Além disso, existe outro ponto negativo: o hoverboard não pode ser usado em qualquer lugar. Ele funciona apenas na pista construída pela Lexus e sobre os trilhos traçados dentro dela — que foram muito bem escondidos, como aponta o The Verge:
O parque é feito de madeira que foi pintada para parecer cimento, com uma pista magnética que foi claramente coberta com algum tipo de adesivo para escondê-la. Strike um: a prancha da Lexus não pode ser usada em qualquer lugar que você queira. Marty McFly ficaria desapontado.
O The Verge aponta ainda que a prancha nem foi feita pela Lexus, mas por uma agência de publicidade contratada por ela. E, não, a prancha não será comercializada. Mesmo porque não existiriam lugares adequados para usá-la — não dá para levar o hoverboard para a uma pista de skate e utilizá-lo como um skate normal — e não dá para comprar nitrogénio líquido por aí da mesma forma que compramos gasolina.
O hoverboard da Lexus, infelizmente, não passa de uma jogada de marketing da fabricante de veículos para promover a marca. Diferente da Hendo, que trabalha para tornar o hoverboard uma realidade.
A tecnologia existe, precisa avançar, mas existe. Ainda estamos longe de um skate igual ao de Marty McFly e não será a Lexus que vai trazer o hoverboard para o resto de mortais.
A BMW fez uma pareceria com a EnLighten, uma App para iOS, para integrar o sistema nos novos modelos da marca alemã. A tecnologia funciona através duma ligação aos sistemas de gestão de trânsito das cidades e define a localização do veículo através de GPS. No futuro será impossível passar um semáforo vermelho sem passar impune.
Numa divulgação feita através da página do Gabinete de Imprensa da Câmara Municipal de Viana do Castelo, a Viana Festas (empresa pública que organiza as festas da cidade) lançou este curioso comunicado.
Steven Pinker é um brilhante semântico do MIT que infelizmente vive na sombra de Noam Chomsky. Pinker lançou este livro onde demonstra como a violência e a pobreza tem diminuído desde que os países adoptaram a democracia como sistema vigente de organização social. O autor revela uma teoria formulada por um jornalista do New York Times durante a década de 90 chamada a teoria dos Arcos Dourados que defende que dois países com McDonalds jamais se enfrentaram entre si.
Uma democracia implica que haja capitalismo, ou seja que os cidadãos possam fazer contratos entre si sem a intervenção do Estado. No entanto há alguns casos interessantes como a China, onde o Partido Comunista governa o país numa espécie de autocracia com um mercado livre, ou a Índia onde o socialismo continua a ser o sistema vigente apesar de alguma abertura ao mercado internacional.
É um livro bastante grande, no entanto a ideia central é que o comércio entre nações diminui a violência e a guerra. Na Europa há 300 anos atrás era comum os países, à mínima tensão, entrarem em guerra. Hoje é muito difícil que isso aconteça. O Ser Humano vem ficando cada vez mais pacífico desde que descobriu que o capitalismo funciona.
A Cannabis Sativa não é só uma planta para fumar. Tem diversos usos entre os quais medicinais, alimentares, têxteis, construção etc.
Em Portugal que tem um clima favorável ao cultivo, seria um grande valor para a nossa economia a legalização da planta. Com uma indústria têxtil de grande valor, a fibra seria um valor acrescentado a este sector produtivo. A nossa agricultura também se podia beneficiar das qualidades da planta. No entanto, o sector que mais impacto positivo teria com a legalização seria o turismo. Portugal poderia tornar-se na Holanda do sul da Europa. Os bons exemplos da legalização vem da Califórnia, Colorado ou Uruguai.
A descriminalização iniciada há 15 anos foi um sucesso e o nosso país é diversas vezes apontado como exemplo a seguir em vários países. A legalização seria o passo lógico que se segue. Aguardemos.
O programa de ajuste que Portugal levou a cabo baixo o governo de Pedro Passos Coelho ficou marcado, em primeiro lugar, pela trégua que os mercados de dívida pública deram aos governos europeus.
Em segundo lugar, os ajustes aplicados entre 2010 e 2014 incluíram uma progressiva redução do défice público. Se no início do programa o défice era de 11,2% do PIB, em 2014 foi reduzido para 4,5%. Dessa queda, o aumento da receita supôs 3,9 pontos e a redução da despesa o 2,9% restante.
Estes números incluem a contabilização de medidas pontuais de despesa que convém ajustar para evitar distorções. Se fazemos esta correcção, o défice real registado em 2014 foi de 3,3% do PIB, um ganho adicional de 1,2 pontos que vem exclusivamente pela via da redução da despesa pública.
Em 2015 espera-se que o défice caia para os -2,7%. Desta forma,a diferença entre receitas e despesas passou de 2.000 a 5000 milhões de euros nos últimos cinco anos.