18 de janeiro de 2015

O que aprendemos na escola está errado


O que aprendemos na escola é que basta este bem rodeado é o segredo do sucesso. Nada mais errado.
Imaginemos dois alunos na mesma turma. Um tirou dois 4, dois 3 e um 2 e o outro tirou um 5 e quatro 2.  Diríamos que o primeiro tem boas notas e que é bom aluno e que o segundo provavelmente está a caminho de reprovar.
Se aplicarmos o pensamento no qual escolhemos os especialistas. Em que aluno iríamos depositar as confianças, no mediano que tinha boas notas ou no aluno que tinha tirado 5 na área da sua especialidade?
Quantas vezes procuramos alguém que seja apenas bom naquilo que faz? Ou desde quando procuramos uma contabilista que saiba muito de história?

No mercado apenas o excepcional é recompensado.

Especialistas


Num mundo onde a oferta é cada vez mais e as barreiras geográficas cada vez menores, é cada vez mais complicado escolher.
Em que baseamos as nossas escolhas para comprar um produto? Como fazemos para contratar alguém para certa posição numa empresa? Como escolhemos um médico?
Imaginemos que alguém tem uma doença grave e procura tratamento. O instinto natural seria esta pessoa escolher o melhor médico que exista para o tratar, o especialista. Para quê arriscar a vida a procurar opções, quando podemos ir ao melhor do mundo?
Quando o tempo é limitado queremos encontrar o especialista o mais rápido possível e tempo é coisa que está limitada nesta sociedade.

Toda a gente procura os melhores, não procuram os bons, nem os razoáveis. A recompensa por ser o melhor é enorme e isto não é uma escala linear, onde se chega ao topo aos bocadinhos; é uma curva e é bastante acentuada.

Outra das coisas que faz valorizar os melhores é a escassez. Existem bastantes marcas de água engarrafada, r não existe uma marca que se distingue das outras e portanto raras são as pessoas que procuram a melhor marca. Com o champanhe é diferente, o Don Perignon está no topo e não nos importamos de pagar um pouco mais para ter o melhor. A recompensa é sempre enorme por ser o melhor.

Frase do dia


“Ainda estou para encontrar o homem, seja qual for a sua situação, que não tenha feito melhor trabalho e nele posto maiores esforços sob um espírito de aprovação do que se tivesse que fazê-lo sob o espírito da crítica.”

Andrew Shwabb

15 de janeiro de 2015

O Pecado Original

Uma das histórias que sempre me fez mais confusão foi a do Génesis. Adão e Eva expulsos do paraíso por supostamente terem comido o fruto do conhecimento. Este é o pecado original, a culpa que a Igreja nos quer fazer sentir por sermos Homens. A culpa por sermos seres dotados de razão. O catolicismo não é mais que a adoração do animal e o sacrifício da razão humana.

Qual é a natureza do mal adquirido no pecado original? Como é que o Homem pode ter caído dum estado perfeito por ter adquirido conhecimento? Segundo o mito, o Homem comeu o fruto da árvore e adquiriu uma mente, tornando-se racional. Esse fruto é que lhe permitiu distinguir o bem do mal, tornando-o num ser moral. Ao ser expulso do paraíso teve que trabalhar para se alimentar e abrigar, tornando-se assim num ser produtivo. Experimentou o desejo pela capacidade sexual.

Todos os males pelos que Deus amaldiçoou o Homem são os pontos filtrais em que se deve basear o código moral humano. A busca incessante de razão, de produzir e de experimentar prazer.

O mito do pecado original condena o facto do Homem estar vivo. Fossem quem fossem, Adão e Eva antes de comerem o fruto proibido não eram Homens.

13 de janeiro de 2015

A única forma de dinheiro possível

O ouro sempre fascinou a humanidade desde tempos imemoriais. Diz-se que foi o primeiro metal a ser descoberto pelos homens e o seu uso existe desde que existe civilização.
Os egípcios usavam-no como ornamento para arquitectura e vestuário. Era considerado tão sagrado que apenas os faraós podiam utilizar a chamada "Pele dos Deuses".
No entanto não foi utilizado como moeda até 650 a.C. na Lídia, onde foram encontradas as primeiras moedas cunhadas. Qualquer cidadão letrado podia adquirir o metal amarelo.
Para os gregos era a combinação entre o Sol e água (Platão e Aristoteles) e escavaram minas desde os Pilares de Hércules até aos confins mais remotos do Mediterrâneo
Os Romanos tinham também fascínio pela prata, utilizada também como moeda do Império. Na zona de Leon, Espanha, retiraram-se 1500 toneladas de ouro em 250 anos. Os romanos foram os pais da mineração.
Os metais preciosos exerciam grande fascínio nos Aztecas e Mayas e foi a razão pela qual os espanhóis conquistaram a América em busca da cidade lendária de El Dorado.
Na Ásia e no início da nossa era o Imperador Wang Mang chegou a possuir 1,5 milhões de toneladas em ouro. Para ter uma ideia as reservas durante a Idade Média estimam-se que seriam de 3,8 milhões de toneladas, junte-se as 5,6 milhões de toneladas.
Assim que chegou ao poder, Mang, nacionalizou o ouro dos seus cidadãos, adiantando-se 1800 anos aos franceses e quase 200 anos ao presidente Roosevelt que tomou as mesmas medidas em 1933. O ouro chinês provinha da região da Sibéria onde era utilizado como moeda de troca na rota da seda. 

Estes são alguns exemplos que a história nos dá que demonstram que ouro esteve sempre intimamente ligado ao poder. Em todas as regiões do planeta, o ouro era utilizado como forma de dinheiro até 1971, quando o mundo decidiu utilizar o dólar americano que basicamente é só papel controlado pelo Estado e pelos Bancos Centrais.
Mas porquê o ouro? Porque é que este metal foi o responsável por todo o crescimento económico e prosperidade da humanidade?

A razão está na sua durabilidade e estabilidade. É um metal que não sofre desgaste nem erosão. A sua quantidade limitada torna-o numa moeda estável com tendência deflacionaria, ou seja o seu poder de compra é relativamente estável, ao contrário do papel moeda.
É uma reserva de valor que não pode ser criada do nada. É preciso a explosão de uma supernova para que este metal seja criado. 
Sendo assim o ouro é a forma de dinheiro mais fidedigna do planeta. Falsifica-lo é impossível até que se descubra a pedra filosofal.


Pensamento sobre o ouro


"O ouro é o soberano dos soberanos"

Antoine de Rivarol

9 de janeiro de 2015

Como os libertários se vêem uns aos outros



Sobre o rendimento básico universal


Ofereçam a um trabalhador um cheque em branco para que este possa pagar as suas despesas básicas e vão conhecer a preguiça, o desleixo e a desonestidade.

O Rendimento Basico Universal é uma falácia, é acreditar que os papéis coloridos que temos na carteira (euros, dólares etc.) tem um valor intrínseco. Que as notas valem por si mesmas e não pela confiança que nós cidadãos lhes damos.

A alimentação, a habitação e a vestimenta, infelizmente, não podem ser direitos natos a cada ser humano. Tudo pelo simples facto de cada uma destas coisas, levaram outros humanos a investirem o seu tempo e a sua energia a troco de lucro que posteriormente pode ser gasto em coisas onde outros humanos gastaram tempo, recursos e energia.

Se a roupa for oferecida ou adquirida com algo que toda a gente (ricos e pobres) têm, quem vai produzir roupa? O dinheiro tem de ser escasso para que realmente possa ser valorizado. Quem vai trabalhar no campo de a comida é oferecida? Quem vai construir apartamentos se a renda paga pelo meu inquilino não vale nada?

O que move o mundo é a expectativa de lucrar com a minha energia e o meu tempo, para que possa depois gastar esse lucro em coisas que eu valorizo e onde outros gastaram o seu tempo e energia. O lucro não pode ser condenado, a ganância ou a ambição são motores para o desenvolvimento humano é só podem ser considerados nefastos quando em tempos de abundância. Aí a ganancia torna-se num egoísmo infundado. Quero recolher o máximo de dinheiro dos outros para os controlar. Aí a ambição torna-se numa ferramenta de controlo e manipulação.

Para pagar um salário a cada cidadão do planeta só pelo simples facto de existir é necessário que hajam empresas e indivíduos a produzir bens e serviços por altruísmo e isso a história já demonstrou diversas vezes que isso não funciona.

Não podemos escolher o caminho mais fácil e querer que os outros produzam para nos. Se cada indivíduo gerar riqueza e a intercambiar com outros pensando no lucro, a sociedade será um lugar bem melhor.

A cultura portuguesa num excerto da Revolta de Atlas


Este pequeno excerto do livro a Revolta de Atlas, onde um trabalhador fala do sistema de trabalho de uma fábrica colectivista, onde todos recebiam por igual e os melhores tinham de se sacrificar pelos outros, fez-me lembrar a cultura portuguesa.

“Amor fraternal? Foi então que aprendemos, pela primeira vez na vida, a odiar nossos irmãos.
Começamos a odiá-los por cada refeição que faziam, cada pequeno prazer que gozavam, a camisa nova de um, o chapéu da esposa de outro, o passeio que um dava com a família, a reforma que o outro fazia na casa – tudo aquilo era tirado de nós, era pago pelas nossas privações, nossas renúncias, nossa fome. Um começou a espiar o outro, cada um tentando apanhar o outro em flagrante”.

“A revolta de Atlas”
Ayn Rand

Sobre o Charlie Hebdo

Se unir os pontos estarei a blasfemar contra o Islão?

Uma coisa fantástica que tem a internet é a de nos fazer preocupar com problemas a milhares de quilómetros de distância, que nem sequer são nossos.
Acho fantástico que se defenda a liberdade de expressão, mesmo que esta ofenda a um grupo de indivíduos, seja ele grande ou pequeno. Por mais inofensiva que seja o cartoon ou a piada haverá sempre alguém no planeta que se sinta ultrajado.

A revista Charlie Hebdo provocava todas as religiões e grupos étnicos, tocava em temas sensíveis e há gente extremista que não sabe encaixar uma piada. No entanto com a liberdade vem também a responsabilidade. De certeza que os editores sabiam onde se estavam a meter, será que estavam à espera deste desfecho?!

O que mais me irrita é o #somostodoscharlie. Portugal é uma democracia recente que ainda lida mal com a liberdade de expressão e é bastante hipocrisia ver jornalistas e editores nacionais a apelar á liberdade de expressão, quando são eles os primeiros a censurar tudo com um sorriso e uma palmadinha nas costas. 
É triste ver gente que saiu á rua ontem, mas quando o governo sobe os impostos fica em casa a ver a bola.

É muito bonito a solidariedade com os problemas alheios, mas primeiro é preciso limpar a nossa casa.

8 de janeiro de 2015

Xadrez


Pintura a acrilico sobre papel (2003)

Maternidade

Desenho a lápis de cor (2002)

A Motivação


A motivação é a linha que separa os vencedores dos falhados. Não interessa o que procuras na vida: amor, dinheiro, saúde ou apenas felicidade, a motivação será sempre essencial nessa procura.
Existem 2 regras essenciais para nos manter motivados e são elas:

Saber desistir: O nosso cérebro é bastante bom a discernir aquilo que não vai de encontro aos nossos objectivos de vida. Sejam eles aquele trabalho que não nos traz perspectivas futuras ou aquela pessoa que já não amamos. Ás vezes torna-se mais fácil desistir e fazer uma mudança profunda, do que enganar o nosso cérebro para nos manter motivados.

Seth Godin, celebre marketeer do Yahoo, afirma: "Ás vezes somos desencorajados por frases inspiradoras como a de Vincent Lombard que diz "Quem desiste nunca vence e os vencedores nunca desistem", no entanto é um mau conselho, já que é preciso saber desistir na altura certa. Todos os vencedores sabem disso

As recompensas para quem aguenta um bocadinho mais que os outros podem ser extraordinárias, mas também podem sê-las para quem desiste cedo e volta a planear algo novo a partir do zero. Desiste daquilo que não vale a pena. Toma decisões."

Gosto de dividir as pessoas em dois grupos: em bulldogs e em passarinhos. Os bulldogs ao primeiro sinal de perigo aguentam, os passarinhos fogem.
Não é fácil deixar de ser um bulldog ou um passarinho.

Aumentar o contraste: O professor da Universidade de Nova York, Jonathan Haidt, levou a cabo um estudo onde afirma que se alguém que faz 1 milhão de dólares por ano se muda para um bairro onde a maioria faz 10 milhões, não se vai sentir realizado enquanto não fizer 10 milhões.
O nosso cérebro tem uma espécie de vara de medir.

Um dos segredos para o sucesso é dividir os nossos amigos e conhecidos em 3 grupos: os que estão melhores que nós, os que estão ao nosso nível e os que estão pior que nós. Desta forma podemos contrastar a nossa situação e ver onde podemos melhorar e o que devemos evitar. A motivação parte de observar quem nos rodeia.

Outro aspecto que pode influenciar negativamente a motivação é a quantidade de tempo que dedicamos ao divertimento. O trabalho pode influenciar mais a felicidade e a motivação do que propriamente o divertimento.

Elie Wiesel, prémio nobel da paz, no seu livro "Open Heart" diz que quando tinha 15 anos e estava no campo de concentração de Auschwitz, viu a sua irmã ser morta. Quando foi libertado, deu-se conta do contraste. Sabia que a vida podia ser "bastante madrasta". Aos 82 e depois de uma operação a "coração aberto" afirmou: "Agora sei que cada momento é um novo começo e cada aperto de mão uma nova promessa." 

O segredo para uma vida de sucesso é não permanecer na zona de conforto. Conhece gente mais pobre e gente mais rica que tu. Mantém sempre o contraste na tua vida.

6 de janeiro de 2015

Seguir os instintos


Seguir os instintos é problemático. Existe um livro muito bom: Salt, Sugar, Fat: How the Food Giants Hooked Us do jornalista e vencedor do prémio Pulitzer Michael Moss. Ele demonstra como evoluímos naturalmente para nos alimentar-mos de sal, açúcar e gordura. Se recuarmos aos tempos das cavernas, onde a oportunidade de ganhar umas calorias extra era algo raro, faz todo o sentido que o nosso corpo se habituasse a esses três ingredientes.

Mas esse instinto natural, hoje tornou-se num hábito horrível, já que comer Big Macs e batatas fritas nos torna gordos, feios e doentes. É a chamada Teoria da Evolução Divergente.

Características que antes estavam em período de adaptação num ambiente natural, hoje tornaram-se características "naturais" nesse mesmo ambiente. No entanto essas características podem trazer um sem numero de problemas para os organismos naturais.
Um exemplo claro disso são os alimentos que incluem açúcar ou gordura. No período do Pleistoceno eram relativamente raros esse tipo de alimentos na dieta humana.
Hoje esse tipo de alimentos são abundantes e aliados aos instintos naturais dos humanos podem ser problemáticos já que foi provado cientificamente que esse tipo de alimentos acaba por provocar obesidade ou síndrome metabólico.
A evolução divergente levou-nos a preferir este tipo de alimentos através do instinto. No entanto, prova-se que o instinto está errado.

Outro exemplo é ao gastar o dinheiro. Poucos portugueses poupam dinheiro (triste) uma vez que os instintos naturais nos dizem que não sabemos quando vamos morrer, portanto devemos gastar o dinheiro da forma mais correcta possível. Esse instinto natural de gastar, torna-nos mais pobres.

O racismo também é um dos motivos de seguir os próprios instintos. Quando nascemos, estamos naturalmente programados para ter precaução para todos aqueles que são diferentes de nós. Quando julgamos pessoas, está mais que provado que o nosso instinto natural falha.

Essa falha natural, o racismo, pode ser eliminada através da educação e do conhecimento. Não pode ser eliminada procurando respostas interiores. Se nos guiássemos pelos instintos, a humanidade não teria chegado onde chegou.

Como diz Warren Buffett "É bom aprender dos erros, mas é melhor aprender com os erros dos outros". A resposta para os problemas da vida adquire-se através do conhecimento, do estudo e na aquisição de sabedoria.
Sê humilde. Quem é humilde herda a Terra. No entanto humildade é diferente de submissão, que é o que os nossos pais costumam aconselhar. A humildade é aceitar a existência de algo ou alguém maior do que nós.

Lembra-te que se te estiveres a afogar, não te consegues auto ajudar puxando os teus próprios cabelos. Precisas sempre de alguém que esteja em terra. Como os Alcoolicos Anónimos, precisas de admitir que não consegues resolver o problema sozinho e que precisas de algo maior que tu para que te possam ajudar.

Esse "Algo Maior" é o conhecimento acumulado por pessoas mais experientes e inteligentes que tu. Procura alguém que tenha uma vida fantástica, aprende o máximo que puderes e aplica-o à tua vida. Lê livros ou procura alguém que esteja 30 anos à tua frente.

5 de janeiro de 2015

A resposta não está dentro


Os Anacletos de Confúcio é um dos melhores livros de sempre. A par do Tao Te Ching de Lao Tsu são os livros de filosofia oriental mais influentes na minha vida.
Há uma frase nos Anacletos que diz o seguinte:
"Um dia resolvi não comer e não dormir durante a noite para pensar melhor, mas não tive qualquer beneficio. Se soubesse tinha passado esse tempo a estudar."

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