25 de janeiro de 2015

Sobre a vitória do Syriza


Se as propostas do Syriza se concretizarem, só posso lamentar pelos cidadãos gregos, tanto aqueles que votaram seduzidos pelas falácias do populismo, como também pelos que o fizeram, sabendo de antemão as consequências de implementar tal programa. É triste, quando a maioria dos cidadãos de um país possui valores e ideias absolutamente disfuncionais para a convivência cívica e o crescimento económico. Assim sendo o desastre torna-se inevitável, de uma forma ou de outra, enquanto o carreirismo e a vingança prevalecerem sobre o respeito mútuo, a harmonia social permanecerá destruída.

Escravos do Salário


"Estuda e arranja um bom trabalho para toda a vida."

A geração dos anos 80 e 90 foi educada com esta frase repetida até à exaustão. A verdade é que o que nos ensinaram já não se aplica numa economia global, onde a informação corre ao microsegundo e onde são poucos os insubstituíveis.

A procura desse trabalho estável, criou na minha geração, um hábito profundamente limitador que é a de ser escravo do salário.

23 de janeiro de 2015

Focar


Se tentares caçar dois coelhos, no final não caças nenhum. O segredo do sucesso é o foco. A concentração numa única tarefa ou actividade é o que nos permite destacar dos outros e elevar a fasquia.

NOWNESS - Obra Prima

Juan de Guillebon AKA Dye - NOWNESS

20 de janeiro de 2015

Pensamento do dia


"É mais fácil resistir no princípio do que no fim"

Leonardo Da Vinci

18 de janeiro de 2015

O que aprendemos na escola está errado


O que aprendemos na escola é que basta este bem rodeado é o segredo do sucesso. Nada mais errado.
Imaginemos dois alunos na mesma turma. Um tirou dois 4, dois 3 e um 2 e o outro tirou um 5 e quatro 2.  Diríamos que o primeiro tem boas notas e que é bom aluno e que o segundo provavelmente está a caminho de reprovar.
Se aplicarmos o pensamento no qual escolhemos os especialistas. Em que aluno iríamos depositar as confianças, no mediano que tinha boas notas ou no aluno que tinha tirado 5 na área da sua especialidade?
Quantas vezes procuramos alguém que seja apenas bom naquilo que faz? Ou desde quando procuramos uma contabilista que saiba muito de história?

No mercado apenas o excepcional é recompensado.

Especialistas


Num mundo onde a oferta é cada vez mais e as barreiras geográficas cada vez menores, é cada vez mais complicado escolher.
Em que baseamos as nossas escolhas para comprar um produto? Como fazemos para contratar alguém para certa posição numa empresa? Como escolhemos um médico?
Imaginemos que alguém tem uma doença grave e procura tratamento. O instinto natural seria esta pessoa escolher o melhor médico que exista para o tratar, o especialista. Para quê arriscar a vida a procurar opções, quando podemos ir ao melhor do mundo?
Quando o tempo é limitado queremos encontrar o especialista o mais rápido possível e tempo é coisa que está limitada nesta sociedade.

Toda a gente procura os melhores, não procuram os bons, nem os razoáveis. A recompensa por ser o melhor é enorme e isto não é uma escala linear, onde se chega ao topo aos bocadinhos; é uma curva e é bastante acentuada.

Outra das coisas que faz valorizar os melhores é a escassez. Existem bastantes marcas de água engarrafada, r não existe uma marca que se distingue das outras e portanto raras são as pessoas que procuram a melhor marca. Com o champanhe é diferente, o Don Perignon está no topo e não nos importamos de pagar um pouco mais para ter o melhor. A recompensa é sempre enorme por ser o melhor.

Frase do dia


“Ainda estou para encontrar o homem, seja qual for a sua situação, que não tenha feito melhor trabalho e nele posto maiores esforços sob um espírito de aprovação do que se tivesse que fazê-lo sob o espírito da crítica.”

Andrew Shwabb

15 de janeiro de 2015

O Pecado Original

Uma das histórias que sempre me fez mais confusão foi a do Génesis. Adão e Eva expulsos do paraíso por supostamente terem comido o fruto do conhecimento. Este é o pecado original, a culpa que a Igreja nos quer fazer sentir por sermos Homens. A culpa por sermos seres dotados de razão. O catolicismo não é mais que a adoração do animal e o sacrifício da razão humana.

Qual é a natureza do mal adquirido no pecado original? Como é que o Homem pode ter caído dum estado perfeito por ter adquirido conhecimento? Segundo o mito, o Homem comeu o fruto da árvore e adquiriu uma mente, tornando-se racional. Esse fruto é que lhe permitiu distinguir o bem do mal, tornando-o num ser moral. Ao ser expulso do paraíso teve que trabalhar para se alimentar e abrigar, tornando-se assim num ser produtivo. Experimentou o desejo pela capacidade sexual.

Todos os males pelos que Deus amaldiçoou o Homem são os pontos filtrais em que se deve basear o código moral humano. A busca incessante de razão, de produzir e de experimentar prazer.

O mito do pecado original condena o facto do Homem estar vivo. Fossem quem fossem, Adão e Eva antes de comerem o fruto proibido não eram Homens.

13 de janeiro de 2015

A única forma de dinheiro possível

O ouro sempre fascinou a humanidade desde tempos imemoriais. Diz-se que foi o primeiro metal a ser descoberto pelos homens e o seu uso existe desde que existe civilização.
Os egípcios usavam-no como ornamento para arquitectura e vestuário. Era considerado tão sagrado que apenas os faraós podiam utilizar a chamada "Pele dos Deuses".
No entanto não foi utilizado como moeda até 650 a.C. na Lídia, onde foram encontradas as primeiras moedas cunhadas. Qualquer cidadão letrado podia adquirir o metal amarelo.
Para os gregos era a combinação entre o Sol e água (Platão e Aristoteles) e escavaram minas desde os Pilares de Hércules até aos confins mais remotos do Mediterrâneo
Os Romanos tinham também fascínio pela prata, utilizada também como moeda do Império. Na zona de Leon, Espanha, retiraram-se 1500 toneladas de ouro em 250 anos. Os romanos foram os pais da mineração.
Os metais preciosos exerciam grande fascínio nos Aztecas e Mayas e foi a razão pela qual os espanhóis conquistaram a América em busca da cidade lendária de El Dorado.
Na Ásia e no início da nossa era o Imperador Wang Mang chegou a possuir 1,5 milhões de toneladas em ouro. Para ter uma ideia as reservas durante a Idade Média estimam-se que seriam de 3,8 milhões de toneladas, junte-se as 5,6 milhões de toneladas.
Assim que chegou ao poder, Mang, nacionalizou o ouro dos seus cidadãos, adiantando-se 1800 anos aos franceses e quase 200 anos ao presidente Roosevelt que tomou as mesmas medidas em 1933. O ouro chinês provinha da região da Sibéria onde era utilizado como moeda de troca na rota da seda. 

Estes são alguns exemplos que a história nos dá que demonstram que ouro esteve sempre intimamente ligado ao poder. Em todas as regiões do planeta, o ouro era utilizado como forma de dinheiro até 1971, quando o mundo decidiu utilizar o dólar americano que basicamente é só papel controlado pelo Estado e pelos Bancos Centrais.
Mas porquê o ouro? Porque é que este metal foi o responsável por todo o crescimento económico e prosperidade da humanidade?

A razão está na sua durabilidade e estabilidade. É um metal que não sofre desgaste nem erosão. A sua quantidade limitada torna-o numa moeda estável com tendência deflacionaria, ou seja o seu poder de compra é relativamente estável, ao contrário do papel moeda.
É uma reserva de valor que não pode ser criada do nada. É preciso a explosão de uma supernova para que este metal seja criado. 
Sendo assim o ouro é a forma de dinheiro mais fidedigna do planeta. Falsifica-lo é impossível até que se descubra a pedra filosofal.


Pensamento sobre o ouro


"O ouro é o soberano dos soberanos"

Antoine de Rivarol

9 de janeiro de 2015

Como os libertários se vêem uns aos outros



Sobre o rendimento básico universal


Ofereçam a um trabalhador um cheque em branco para que este possa pagar as suas despesas básicas e vão conhecer a preguiça, o desleixo e a desonestidade.

O Rendimento Basico Universal é uma falácia, é acreditar que os papéis coloridos que temos na carteira (euros, dólares etc.) tem um valor intrínseco. Que as notas valem por si mesmas e não pela confiança que nós cidadãos lhes damos.

A alimentação, a habitação e a vestimenta, infelizmente, não podem ser direitos natos a cada ser humano. Tudo pelo simples facto de cada uma destas coisas, levaram outros humanos a investirem o seu tempo e a sua energia a troco de lucro que posteriormente pode ser gasto em coisas onde outros humanos gastaram tempo, recursos e energia.

Se a roupa for oferecida ou adquirida com algo que toda a gente (ricos e pobres) têm, quem vai produzir roupa? O dinheiro tem de ser escasso para que realmente possa ser valorizado. Quem vai trabalhar no campo de a comida é oferecida? Quem vai construir apartamentos se a renda paga pelo meu inquilino não vale nada?

O que move o mundo é a expectativa de lucrar com a minha energia e o meu tempo, para que possa depois gastar esse lucro em coisas que eu valorizo e onde outros gastaram o seu tempo e energia. O lucro não pode ser condenado, a ganância ou a ambição são motores para o desenvolvimento humano é só podem ser considerados nefastos quando em tempos de abundância. Aí a ganancia torna-se num egoísmo infundado. Quero recolher o máximo de dinheiro dos outros para os controlar. Aí a ambição torna-se numa ferramenta de controlo e manipulação.

Para pagar um salário a cada cidadão do planeta só pelo simples facto de existir é necessário que hajam empresas e indivíduos a produzir bens e serviços por altruísmo e isso a história já demonstrou diversas vezes que isso não funciona.

Não podemos escolher o caminho mais fácil e querer que os outros produzam para nos. Se cada indivíduo gerar riqueza e a intercambiar com outros pensando no lucro, a sociedade será um lugar bem melhor.

A cultura portuguesa num excerto da Revolta de Atlas


Este pequeno excerto do livro a Revolta de Atlas, onde um trabalhador fala do sistema de trabalho de uma fábrica colectivista, onde todos recebiam por igual e os melhores tinham de se sacrificar pelos outros, fez-me lembrar a cultura portuguesa.

“Amor fraternal? Foi então que aprendemos, pela primeira vez na vida, a odiar nossos irmãos.
Começamos a odiá-los por cada refeição que faziam, cada pequeno prazer que gozavam, a camisa nova de um, o chapéu da esposa de outro, o passeio que um dava com a família, a reforma que o outro fazia na casa – tudo aquilo era tirado de nós, era pago pelas nossas privações, nossas renúncias, nossa fome. Um começou a espiar o outro, cada um tentando apanhar o outro em flagrante”.

“A revolta de Atlas”
Ayn Rand

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