13 de julho de 2015

O Syriza destruiu a economia grega

O Eurogrupo estima que um terceiro resgate à Grécia rondaria os 86 mil milhões de euros, se juntamos os 240 mil milhões recebidos anteriormente nos resgastes, a reestruturação da dívida e as injecções de liquidez do BCE, a Grécia já recebeu ajudas equivalentes ao 254% do seu PIB, um valor 12 vezes superior à ajuda recebida pela Alemanha em 1953 no tratado de Londres.

Estes valores são brutais, mas a Grécia torna-se num "poço sem fundo" na altura em que a confiança dos seus cidadãos e parceiros é perdida justamente quando o Syriza chega ao poder.


O Syriza chega ao poder numa altura em que a Grécia crescia 0,8%, o défice tinha sido reduzido para metade e tinha superavit comercial; mas em apenas cinco meses, o governo de Tsipras conseguiu que os investidores fugissem do país e entrou em recessão.

No dia em que os bancos voltarem a abrir, os cidadãos que votaram NAI, OXI ou nada, vão retirar os seus depósitos. A confiança está perdida.

Sim, o Syriza é culpado pelo corralito financeiro. Levou as negociações ao limite, desdizendo-se inúmeras vezes, usando um referendo para fortalecer a sua posição nas negociações e o que conseguiu foi um acordo muito mais duro que o apresentado no dia 26 de Junho. Além disso, o governo de Tsipras nega-se a levar a cabo medidas que terminem com um Estado gigante, atrofiado e burocrático que apenas destrói emprego.

Os investidores privados há muito que deixaram de emprestar dinheiro à Grécia, deram-se conta que é um negócio ruinoso precisamente pela falta de confiança. Neste cenário, alguns países da zona euro não querem voltar a por em causa o dinheiro dos contribuintes e rejeitam o cenário do 3º resgate.

Como todos os populistas, Tsipras vai acabar por destruir aquilo que queria proteger: o estado do bem estar e os mais desfavorecidos.

Existe solução para a Grécia, existem até vários cenários. Mas será preciso que a confiança se recupere e isso leva muitos anos para ganhar aquilo que foi destruído em meses. Serão necessárias medidas iguais às aplicadas em Portugal, Irlanda e Espanha e uma colaboração próxima, não vão os gregos dizer que a culpa é dos credores por lhes terem emprestado outra vez.

O populismo acaba sempre desta forma, promessas que caem sempre em sacos rotos

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