Ouro de Salazar vs Ouro de Vitor Constâncio
Em 1974, as reservas de Ouro do Banco de Portugal situavam-se em 865,936 toneladas, o que se devia essencialmente a uma estratégia do regime de Salazar que, desde a 2ª Guerra Mundial, investiu na compra de ouro.
Porém, desde 1974 até à presente data, essas reservas têm vindo a baixar. Esta situação deve-se, em parte, ao facto de, em 1999, Portugal ter aderido a um acordo celebrado entre diversos Bancos Centrais Europeus para a adopção de uma política de diversificação das reservas externas. Os “ganhos” realizados com essas vendas de ouro foram transferidos para uma reserva especial do Banco de Portugal que faz parte integrante dos Capitais Próprios do Banco.Este acordo foi revisto em 2005 e estipulava que nesse período as vendas anuais nunca poderiam exceder as 400 toneladas e as vendas totais nunca deviam exceder as duas mil toneladas.
Só entre 2002 e 2006, a instituição liderada por Vitor Constâncio vendeu 224,1 toneladas de ouro. Ou seja, Vitor Constâncio em 4 anos vendeu 25,88% do total das 865,936 toneladas do ouro do estado novo. Imagine-se os milhões que Portugal perdeu com este negócio, já que na altura a cotação do ouro era muito inferior.
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