2 de março de 2015

A morte do Curriculum

Este artigo está escrito para aqueles que neste momento se encontram no desemprego. Para quem sofre a frustração e impotência que é não encontrar trabalho. Para aqueles sentem que enviar currículos é uma perda de tempo, Em definitiva, para aqueles que deixaram de ter medo a reinventar-se profissionalmente porque actualmente já não há muito a perder.

Para esses todos, nos próximos cinco pontos. Cada ponto representa um caminho que deve transitar:

1 Tomar as rédeas da nossa vida profissional. A crise mostrou-nos a necessidade de transformação do modelo produtivo que rege o nosso sistema económico. Tivemos o azar ou a sorte de viver no fim da "Era Industrial" e o início da "Era do Conhecimento". As regras do jogo mudaram e vão continuar a mudar, cada vez mais rápido. As instituições estabelecidas já não tem a capacidade de oferecer segurança económica a todos os cidadãos. Os postos de trabalho com contrato vitalício diminuem a cada dia que passa. E para muitos chegou a hora de tomar as rédeas da própria vida profissional. De realizar uma função útil, criativa e com sentido, que não se possa automatizar nem digitalizar-se através das novas tecnologias.

2 Cultivar a nossa inteligência emocional. Estar no desemprego é uma situação complicada de lidar. No entanto, para poder mudar é importante não nos deixar-mos levar pelas queixas, o victimismo ou a culpa, assim só consumimos a energia necessária para procurar alternativas e soluções.
É fundamental investir tempo para o auto.conhecimento, aprender a ter auto-estima e cultivar a a confiança em nós mesmos. Á medida que desenvolvemos essas fortalezas internas, começamos a enfrentar a adversidade de forma mais responsável, optimista e eficiente. E a base do confronto, verificamos que o nosso grau de satisfação não tem tanto a ver com as nossas circunstancias mas sim com a atitude que temos frente a elas.

3 Treinar a inteligência financeira. Em geral, todas as crenças sobre o dinheiros passam de geração em geração por inércia, sem que nos demos conta. Do mesmo modo que não escolhemos o nosso clube de futebol, a nossa visão laboral e financeira do mundo foi pré-fabricada; vem de série. Ensinaram-nos a resolver por nós mesmos os nossos problemas económicos. Cultivar a nossa inteligência financeira capacita-nos para orçamentar o nosso dinheiro, dá-nos a oportunidade de criar ganhos com os quais podemos poupar, investir e não depender de empréstimos ou dívidas. Também nos mostra como ganhar mais e gastar menos, tornando-nos independentes de bancos ou fiadores.

4 Descobir a nossa vocação profissional. Antes de encontrar um trabalho devemos procurar aquilo que gostamos de fazer. Trabalhar por dinheiro, fazendo aquilo que não gostamos é das piores sensações que se pode ter. Trabalhar para pagar contas é escravidão. A melhor forma de trabalhar e de fazer um trabalho bem feito é fazer algo que gostamos. Não é preciso motivação para trabalhar e o tempo passa mais rápido daquilo que estamos à espera.

5 Decidir a função laboral. 90% dos portugueses trabalha como empregados, vendem o tempo por dinheiro ao final do mês, formando parte de um sistema produtivo que enriquece os patrões e que impede os empregados de ganharem mais, dado que o Estado taxa mais os salários da classe média do que os ricos.

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