6 de março de 2015

O medo

O medo é a emoção mais antiga que o ser humano já experimentou. Ricos e pobres, todos sem excepção já alguma vez sentimos medo de alguma coisa.

Quando confrontamos algo stressante, que nos retira da zona de conforto; sentimos medo. Pragas, catástrofes, mudanças etc provocam ansiedade e logo medo. É um mecanismo natural de proteção que todos os animais possuem e que basicamente luta pela sobrevivência.

Para nós humanos, o medo serviu especialmente como uma forma de recordar os nossos erros e fazer melhor na próxima vez. Foi do medo que nasceram sistemas de proteção como são as religiões.

Contrariamente ao que seria de esperar, a evolução da raça humana não diminuiu os medos. Multiplicou-os. Hoje, temos medo de que não gostem de nós, de perder o status na sociedade, medo do futuro da nossa família, medo de não ter dinheiro, etc.


Na evolução do medo na sociedade, houve um momento em particular que foi  importantíssimo. No século XIX, o jornalismo descobriu que se contasse as histórias numa narrativa que provocasse medo e terror nos leitores, as vendas aumentavam. 

Para lidar com o medo existem duas formas: a passiva e a activa.

A forma passiva é quando evitamos enfrentar alguma situação que nos causa desconforto. É quando optamos pelo conforto e pela segurança. Normalmente pessoas frágeis tendem a ter este tipo de comportamento para evitar qualquer tipo de stress social.

A activa é quando nos posicionamos contra o medo. A melhor forma de a ilustrar seria a forma de lidar com a morte de algum familiar ou amigo. As pessoas vão buscar forças onde elas não existem para superar aquela fase. O que temíamos não era assim tão grave e somos obrigados a lidar com o desconforto. Estes momentos não costumam ser demorados e não se repetem muitas vezes, motivo pelo qual voltamos sempre ao modo passivo, de evitar o desconforto.

Napoleão Bonaporte é um bom exemplo, de soldado destemido do Exército Francês a Imperador. Muitas vezes podia ter sido condenado à guilhotina e acabou por morrer exilado em Santa Helena.

Foi-lhe dito que era impossível atravessar os Alpes durante a Primavera de 1800, ao que respondeu "para o exército de Napoleão não haverá Alpes" e montou numa mula e foi abrindo caminho para o seu exército. Napoleão foi combatendo os seus medos e a forma de lidar com a morte. Não existem obstáculos para uma pessoa sem medo.

"É melhor ser impetuoso do que cauteloso, porque a sorte é uma mulher e se a queres dominar tens que te bater de frente com ela. A sorte só se dá aos impetuosos e nunca aos cautelosos"

Nicolau Maquiavel 

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