Helen ficou cega e surda aos 19 meses de idade, devido a uma doença diagnosticada então como "febre cerebral" (hoje acredita-se que tenha sido escarlatina ou meningite).
A história sobre como sua professora, Anne Sullivan, conseguiu romper o isolamento imposto pela quase total falta de comunicação, permitindo à menina florescer enquanto aprendia a se comunicar
Tornou-se uma célebre e prolífica escritora, filósofa e conferencista, uma personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência. Keller viajou muito e expressava de forma contundente suas convicções.
Michael Alagnos, diretor da escola, solicitou à ex-aluna Anne Sullivan, ela própria uma deficiente visual, para tornar-se instrutora de Helen. Este foi o início de uma relação de 49 anos durante a qual Sullivan tornou-se governanta e acompanhante de Keller.
Anne Sullivan chegou à casa de Keller em março de 1887 e imediatamente começou a ensiná-la a se comunicar soletrando palavras em sua mão, a começar pela palavra b-o-n-e-c-a, para a boneca que ela havia trazido de presente. A princípio, Keller ficava frustrada porque ela não entendia que cada objeto possuía uma palavra única para identificá-la. Na realidade, quando Sullivan tentava ensinar para ela a palavra ‘caneca’, Keller ficou tão frustrada que chegou a quebrar a boneca. Seu grande salto evolutivo em comunicação começou no mês seguinte, quando compreendeu que os movimentos que sua professora fazia na palma de sua mão, enquanto deixava a água escorrer sobre sua outra mão, simbolizavam a ideia de ‘água’; a partir de então, ela praticamente levou Sullivan à exaustão demandando os nomes de outros objetos familiares de seu mundo.