28 de janeiro de 2015

Mais lições de história


Como disse Abraham Lincoln "Não se pode enganar todas as pessoas ao mesmo tempo", mas pode-se enganar uma boa parte delas para reinar num grande país. A maioria dos Estados prospera conquistando um grupo atrás do outro e impondo a lei do grupo vencedor sobre os vencidos. Por isso é que se diz que dos "fracos não reza a história".


Será o progresso real? Já que admitimos que a natureza do Homem permaneceu intacta ao largo da história, temos que considerar que toda a tecnologia foi criada para satisfazer desejos antigos como a conquista sexual, aquisição de bens, superação da concorrência e a luta de guerras.
Estamos gratos á ciência pelo prolongamento da vida desde que esta não seja um prolongamento da miséria e da doença.

Debaixo da malha complexa de uma cidade todos procuramos um refúgio imaginário que se baseia na simplicidade da vida antes da civilização, no entanto, nos momentos menos românticos sabemos que a idolatração do selvagem mais não é que um grito primordial do adolescente inadaptado que todos temos dentro de nós. Gostaríamos mesmo de voltar à República Grega ou ao Império Romano? Não será melhor viver numa sociedade onde existe Habeas Corpus, julgamento em tribunais, liberdade de escolha religiosa e política e direitos humanos?

A nossa grande conquista enquanto civilização ocidental foi a criação de riqueza e a provisão de uma educação como nunca antes tinha sido feita. Talvez não tivéssemos chegado à genialidade dos filósofos clássicos, mas alcançamos um nível de conhecimento mais alto que em qualquer outra época.

Ver a história como um simples acumular de datas, factos e reinos é dolorosa e chata. A história deve ser vista como a transferência de valores éticos, estéticos, técnicos e morais de forma a que o indivíduo possa aumentar o conhecimento, compreensão, controlo e os prazeres da vida


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